sábado, 15 de maio de 2010

Não faz mal um título clichê

Não faz mal, algumas vezes, recusar alguns convites. Passar o dia inteiro dentro de casa, porque quer. Não faz mal fugir um pouco da rotina, porque até sair todo final de semana se torna uma rotina as vezes. Deitar e ler um livro que não trate de assuntos revolucionários. Mas de coisas simples, que você já sabia de cor e sorteado, mas precisava muito ser lembrada. Não faz mal relembrar alguns amores e rir deles. Ri de si mesmo, de como foi boba, de como foi bom. Não faz mal, por vezes, não querer um amor puro e sincero, apenas um beijo que faça seus olhos mudarem de cor. Não faz mal não querer ouvir nenhum tipo de música, as vezes o silêncio é musica, ou talvez seja apenas um recadinho de Deus que para ser ouvido é preciso deixar de ouvir. Talvez não esteja errado falar algumas coisas feias e maldosas de vez em quando, se o que o coração no fundo quer é bondade, mesmo que na hora, levado pelos sentimentos mais urgentes do mundo o que você queria era outra coisa. Não faz mal revirar o estômago de paixão, dilatar os olhos de desejo, apertar as mãos e dar um beijo.
Não faz mal uma declaração apaixonada sem paixão. Ou se então o coração palpita por mais de uma emoção. Se o texto é ou não em vão. Se alguém o irá ler ou não. Se um dia ele irá sumir ou não. Neste exato momento o que me importa é o agora.  E o que ficou pra trás, é história. Que um dia aí lhe conto, entre risadas e bons sonhos.

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