domingo, 31 de agosto de 2008

Com o tempo

Não sei. Meio poema, meio prosa, porque, como acho que sabem, odeio rimas.

Com o tempo tudo passa,
Com o tempo você se esquece,
Com o tempo você se acostuma,
Com o tempo você esquece o que é viver.

Lembranças, memórias são um dos bens mais preciosos,
Por isso muitas matam, chantageiam para ocultá-las.
Tem gente que mata as próprias,
E posso me incluir neles.

Porque as vezes parece tão mais fácil esquecer,
Menos doloroso,
Menos odioso.
Mais fácil.

Antes eu sabia o que era ser feliz,
O que era sorrir, o que era viver.
Mas me tiraram isso, e apenas me disseram:
_Com o tempo passa, com o tempo você se acostuma.

Mas sempre insisti em gritar:
_Porque me acustumar?
Se era tão bom viver, porque parar?
Não, não quero me conformar!

Mas dentro de tudo há um porém,
Assim como no não-conformismo.
Você sofre por não ter o que quer,
Sofrer pelo seu inalcançável querer.

Mas talvez seja melhor do que crescer e se esvaziar,
Deixar as idéias de outros por sua cabeça rodar.
Irei investir em continuar, não tendo certeza se poderei algum alcançá-la.
A felicidade, a tão almejada.

Dia de lembranças

O post de hoje não tem tema, a não ser me recordar das coisas, talvez nem lhe interesse.
Tem dia que eu simplesmente quero ficar lembrando das coisas, tem gente que acha que isso é viver do passado, eu sinceramente amo lembrar das coisas, deixar as coisas gravadas para mais tarde rir, chorar, sorrir com elas. Hoje reparei que sempre fui uma nômade de blogs, nunca consegui me fixar muito em um blog, não sei o motivo, talvez seja porque enjôo, porque no decorrer do tempo meu modo de pensar muda e já é impossível ficar naquele lugar. Hoje dei uma repassada em todos meus antigos blogs, irei listá-los para você repararem o quantidade! Eu até me envergonho às vezes com isso, e olha que todos são ainda desse ano, já tive outros três fora esses.
http://vida.sociopata.zip.net/ Fundado dia 13/02/2008 com sua última atividade no dia 25/03/2008
http://diario-mariah.blogspot.com/ Diário de Mariah, não durou mais do que três postagens, era pra ser uma história que está quase toda bolada na minha cabeça, só não sei como escrevê-la, ainda quero escrever ela algum dia. Durou só alguns poucos dias.
http://anjo-escritor.zip.net/ O anjo escritor, uma outra história que achei criativa até, não teve continuidade, só chegou ao capítulo dois que ainda está escrito no papel.
http://eternoslacos.zip.net/ Eternos Laços, o mais recente, após ele aqui estou eu. Esse foi um bem marcante pois nele estão muitos pensamentos meus, nos outros nem tanto. Pena que para mim se tornou impossível escrever lá. Nesse blog tive participação do meu ex-namorado que resultou em três posts. Nem eu nem ele queremos reviver aquilo lá. Inclusive por que em parte o nome do blog fora em homenagem a ele.
E enfim a lista acabou, sabe de uma coisa? Nunca irei apagá-los, a UOL e a blogspot terão que apagá-los se não o quiserem mais, todos tiveram um significado, marcam meus crescimento, de uma pessoa ainda pequena. Uma pessoa que tem medo de crescer e tem medo de continuar pequena. Morro de medo de ser esmagada mas também não penso de maneira alguma em esmagar alguém, seria mais doloroso em mim do que no esmagado.
Jjuro, estou tentando me fixar aqui,mas não garanto nada, não sei sobre o futuro, gostaria de ter um blog que durasse anos como uma amiga minha tem, mas não sei consigo. Às vezes tento apagar memórias dolorosas no desespero, mas nunca consigo. E agora, estou com lágrimas nos olhos, típico meu. Lembranças me fazem chorar.
No geral sou uma pessoa inconstante. Tenho medo de ser outra pessoa além de mim porque tenho medo de me conhecer por outros olhos, tenho medo de me arrepender com o que verei. Seria interessante, é claro.
E aos que me conhecem meus pêsames. Deve ser chato lidar com essa inconstância.
Talvez mais tarde eu volte com um poema para compensar essa chatice. ^^

sábado, 30 de agosto de 2008

Ouro Preto - viagem

Ontem, sexta, viajei junto com duas turmas da sétima série da escola para Ouro Preto. Foi muito confuso, no começo, semanas antes da viagem eu estava hiper ansiosa para a viagem, faltando uma semana para a mesma percebi que iria detestar a viagem, e fiquei pensando isso até 1h30min de sexta, faltando nem 2h para entrar no ônibus e viajar, mas no final de tudo a viagem foi divertida, muito - dando ênfase ao muito - cansativa mas divertida, teve horas que odiei, tive vontade de chorar mas segurei o choro, porém não diria que foi tempo nem dinheiro perdido, que alias, foi muito a quantia gasta. =x
Quero repatir meus melhores momentos com você, meus poucos leitores, mostrando os fotos, que tirei muitas, muitas fotos lindas e com um curto relato sobre o que aconteceu no decorrer do dia.

Saimos da escola um pouco mais tarde q 3h, 31 alunos e 2 professoras, a de história e a de educação física. Compramos sacos de bala, chiclete e pirulito, tudo para nos manter acordados (\o/), levamos filmes de terror, que ninguém viu, ninguém tinha paciência para ficar quieto vendo algum filme, fizemos guerra de travesseiros, na qual até a professora de história, que é uma pessoa muito bacana alias participou, foi muito confuso e parecia que eu era alvo principal, no meio de toda confusão eu perdi uma lente do meu óculos, e foi zuada o resto da viagem por causa disso. Achamos a lente e eu consegui colocá-la de volta no óculos, não me pergunte como a lente conseguiu sair só com almofadas e cobertores. No final, todos ficamos descabelados. xD Pena que não dava nem para tirar foto daquela bagunça toda. Viramos a noite, vimos o sol nascer, tirei uma fotos lindas dele nascendo.



Quando chegamos na cidade o primeiro lugar que fomos foi a uma igreja que não lembro o nome, nem tem como me pedir para dizer, eram muitas igrejas, mas só sei - pelo menos acho que sei - que aquela era a igreja mais alta de todas, e assim que chegamos lá vimos um mendigo deitado no grama em frente a igreja, e como havia cemitérios por perto logo fizemos a piada:
_Fessora! Esqueceram um corpo de 300 anos aqui fora!
Também teve gente que chamou ele de Tiradentes, e até tiraram foto dele, coitado. Eu não tive coragem de tirar mas achei irresistível colocar aqui. xD



Uma foto da igreja:



E com esse pequeeeeeno morro começamos nossa longa caminhada:



Esse prédio, não sei porque, me chamou muita atenção, e adorei essa foto:



Numa ponte pela qual passamos havia a escultura de uma cruz com detalhe de uma simbolo estranho na base. Eu o identifiquei como um cavera feliz. ;D



"Pelo menos quem mora em Ouro Preto não passa cede, aqui tem água de graça"



República Snoopy, achei irresistivelmente idiota. xD



A tão famosa praça Tiradentes, que eu acho hiper sem graça



Uma foto da turma na Casa dos Contos, tá bom que só tem 26 de 33 aí ._.



Essa, da igreja que novamente não lembro o nome, só lembro que é dos Franciscanos,o nome deve ter alguma coisa com Assis, acho eu. Acho que dessa vez aparece a turma toda, só falta professora de história.



Uma foto da vista de Ouro Preto que achei incrivelmente linda:



Uma última foto que tiramos quando voltávamos para nossa tão querida e odiada ao mesmo tempo Coronel Fabriciano. Lara está com seu sorriso quadrado, Laura com sua cara que nunca entenderei e Riane rindo de alguém. Se você reparar bem tem um corpo na foto, wue é meu, eu estava sendo esmagada no meio delas todos e um pedaço do meu queixo aparece. Meu sutiã de coraçõezinhos fica a mostra e isso é indecente, mas que se dane, não ligo para indecências.



Chegamos em casa, exaustas pela enorme caminhada, pelas brincadeiras, descabelados, tontos pelo fedor que ficou em nosso ônibus. Mas com lembranças eternas sobre a ótima viagem. Não aprendi muuuuuito sobre Ouro Preto, mas uma coisa que me chamou muita atenção é que as coisas de lá, mesmo não parecendo tem todo um significado. Coisas que parecem ser aleatórias tem um sentido.

Quem tiver lido tudo deve ter cansado. =x Me desculpem por isso. ^^

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Estou com raiva


Mas um poema, porque nessa tarde me deu vontade de escrever de forma diferente e de escrever sobre meus sentimentos, não sobre um assunto e não achei que combinasse nem um pouco escrever em prosa. Talvez você me critique falando que meus poemas nem sequer rimam, não são sonoros. Saiba que um dos objetivos dos meus poemas é não ser nada sonora, não criar rimas, apenas deixaram as palavras guiarem, sua mente que deverá dar-lhes a mágica.

Estou com raiva,
Mas, ao mesmo tempo, triste.
Talvez seja porque minha raiva é irracional,
Porque nem sequer a entendo.

Não sinto raiva das pessoas,
Mas, ao mesmo tempo, sinto.
Tenho raiva das circunstâncias,
Criadas pelo destino e por nós, humanos.

Será realmente a raiva esse sentimento?
Ou seria somente mais uma depressão?
O que seria raiva?
E mais uma questão; O que seria eu?

Raiva de mim mesma por me importar,
Por me importar pouco.
Por não conseguir alcançar,
Por querer alcançar.

Raiva por não saber me expressar,
Por não conseguir me entender,
Raiva por não ter mais você,
E ainda amá-lo.

E continuo com essa raiva,
Que não me faz gritar nem espernear.
Essa raiva...
Que somente me faz chorar.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Rebelação!

Rebeldia, já faz alguns meses que essa palavra vêm me chamando muitíssimo a atenção, acho que desde o começo desse ano (2008). Alguns diriam que é porque estou entrando na fase da adolescia, porque fiz 13 anos esse ano. Talvez sim, mas acho que foi nesse ano que abri meus olhos para a hierarquia, para questionar do que me dizem, para perguntar o porquê, tentar entender a essências das coisas.
Bom, vejamos, o que é essa nossa palavra-chave do dia, Rebeldia!
s. f.,
acto de rebelar;
qualidade do que é rebelde;
oposição;
insurreição;
pertinácia.

Rebeldia, para mim, é o ato de não se aceitar de bandeja o que dizem, ir um pouco além. Mas gravem bem, rebeldia é bem diferente de burrice. Pessoas pensam que é a mesma coisa “Quem é rebelde é burro, porque simplesmente não aceita?”. Um exemplo de rebeldia idiota é matar aula, o que você ganha com isso? Sinceramente, podem até me chamar de certinha, nerd, CDF, entre outros. Mas simplesmente não há razão em matar aula! O que você ganha com isso? Tem gente que fiz, “Ah... é divertido, não tem nada a ver”, tãããão divertido, na minha escola, por exemplo, quando matamos aula temos que ficar fugindo dos disciplinários e dos guardas, porque a escola é grande e muito bem vigiada, acho muito pouca vergonha na cara, fazem as coisas erradas e nem tem coragem de admitir, ficam escondendo. Acho horrível isso, nas vezes em que deixei de ir para as salas, para assistir o teatro, esperar meia hora antes do espetáculo começar, admitia na cara que não tinha ido a sala, e ficava a mostra, não me escondia. Além do mais, matar aula é só perda de dinheiro e o mais importante, conhecimento, desculpem-me a linguagem chula, mas que se foda o dinheiro, tem muito por aí, conhecimento é que ta faltando.
Se não fosse a rebeldia talvez até hoje estivessem sendo mortos milhares de pessoas injustamente. Quantas guerras já não aconteceram, sistemas que se baseavam na tortura que foram quebrados por rebeldes? E a Ditadura Militar no Brasil? E o apartheid? Isso são exemplos de grandes movimentos de rebeliões, mas também há pequenas rebeliões.
Quando exigimos nosso direito, quando discordamos de algo que nos dizem na escola, quando reclamamos nos padrões sociais que existem. São todos atos de rebeldia, pequenos, mas se formos olhar melhor, são grandes atos de rebeldia.
Eu, que sempre fui uma garota tímida, não tenho muita coragem de me aproximar de uma certa pessoa e falar-lhe sobre meus sentimentos, mas sempre tive uma característica bem estranha, para as outras coisas, ser alegre, gritar na rua, dançar, apresentar trabalhos, nunca tive nenhuma vergonha, poderia ser chamada de até “pra frente” quanto a coisas assim. Ontem foi um exemplo disso, me rebelei durante aula, e a professora poderia ter me mandado para fora de sala pelo que disse, ou até mesmo levar uma penitência pior, mas isso dependia de como a professora aceitaria a crítica, por sorte, era uma professora que não iria dar nenhum tipo de chilique, e que, por sorte gosta de mim.
Durante a aula, que era de ciências, estávamos discutindo sobre questões de educação entre outros, sobre como deveríamos mudar nossa postura e blá blá blá, esse tipo de conversa ocorre direto na minha sala, temos a fama de ser a segunda pior sala do colégio. Todos queriam dar a sua opinião no meio daquela discussão, no momento em que pedi a palavra a professora tinha dado o exemplo de que tal aluga estava se prejudicando e que ela não se incomodava com isso, mas antes ela tinha falado algo parecido com ajudar os outros. Achei um absurdo, como ela poderia falar de ajudar os outros de ela estava vendo a aluna sendo prejudicada e ficando calada?! Me indignei na hora e a expliquei meu raciocínio. Os meus colegas de classe que são meio acostumados com minha coragem de enfrentar professor (o que preciso moderar até) se surpreenderam, e começaram a falar, houve uma enorme baderna e acabou que nem conseguimos continuar o assunto direito.
Um pouco depois estávamos falando de respeito, a professora dizia que na sua época (época dos dinossauros, como dizem alguns) respeito era algo muito importante, que hoje não há mais respeito. Pedi a fala novamente. Falei que concordava e não concordava com o respeito, certas pessoas exigem respeito, mas também humilhação, que era preciso de vigiar com esse “respeito”, por respeito milhares se calaram em guerra e morreram. Desculpem-me de novo a linguagem, mas, que respeito de merda!
Rebeldia sempre deve existir em nós, para melhorias de nosso sistema, para mudanças, porque nada muda se ninguém reclama.


Graaaaaaande post @_@ Gostaria de agradecer aos acampanhadores do blog ;]

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Campanhas Eleitorais, métodos

Antes de mais nada, estou feliz pelos três comentário que tivemos no último post. eu sei que é um número pequeno, mas me satisfaço com o pouco. Que continuem assim, ou até melhor, porque a humanidade não é feita para parar, e sim, a cada dia crescer. Fiquei surpresa hoje em sala quando soube que dois de meus amigos lêem o blog. Obrigada aos "comentadores", saibam que estou muito grata. Talvez seja errado, mas é o leitor que motiva seu escritor.

Campanhas Eleitorais, métodos


Não fujam, por favor!
Eu também não gosto de política, principalmente campanha eleitoral, acho um saco. Odeio a maioria dos métodos de campanhas eleitorais.
Eu acho ineficiente, não todos, a maioria. Por exemplo, aquelas musiquinhas “Vote 13, vitória do povo”, “Vote com confiança, vote em Fulano”. Você vota em uma pessoa só por causa de sua música eleitoral? Bom, espero que os brasileiros não estejam sendo tão idiotas a esse ponto.
Além do mais, olha, dando notoriedade que é somente a minha opinião, essas músicas eleitorais podem somente irritar a população, dando má fama aos candidatos. O povo brasileiro já devia está bastante informado para não cair em marketings, propagandas, ser influenciado por aparências.
Sério, o fato de o candidato ter uma música de campanha interessante, bonita, sonora, animada quer dizer que ele será um bom administrador? Que ele vai fazer um progresso na cidade? Como a campanha de conscientização, são 4 anos, você tem que escolher bem, 4 anos podem ser muito para sua cidade. QUATRO ANOS, quantas pessoas podem morrer por uma doença causada por falta de higiene da cidade? Pense bem.
Ao invés dessas campanhas que só visam a aparência porque não levamos a mão a boca e exigimos métodos melhores? Porque não cobramos de nossos candidatos? Devíamos exigir que eles mostrassem o que querem fazer na nossa cidade, realmente fazerem por merecer nosso voto. Devia haver debates públicos, onde colocassem à exposição o que realmente querem fazer a cidade. Debates em quem a voz do cidadão não ficasse muda! Ele teria todo o direito de levantar sua mão, discutir, perguntar, questionar.
Não seria melhor? Enquanto nossas campanhas ficarem somente na aparência nossa cidade/estado/país ficara só na aparência! Uma aparência porca!

domingo, 24 de agosto de 2008

Como eu queria, como eu quero

Tenho quase certeza de que há algo errado comigo, quando pequena amava fazer poemas, mas depois dos 11 anos passei a odiar escrevê-los (porque sempre gostei de lê-los). Sempre achei as rimas cansativas de se fazerem, e sempre que faço um poema procuro não rimar, é muito cansativo, repetitivo, enjoativo. Muitas vezes, quando escrevo em prosa, acabo rimando inconscientemente. Logo, escrever poemas, para mim, é algo raro e extraordinário e só o faço quando devo, por exemplo, para algum trabalho escolar. Estou surpresa comigo mesma por fazer poemas por vontade própria Será uma nova mudança? Ah, eu sou viajada e... "Amo muito tudo isso".

Como eu queria, como eu quero

Ah, como eu queria me integrar.
Como eu queria me aproximar,
E, ao mesmo tempo, me afastar.
Como eu queria... como eu não podia.

Como eu queria ter coragem,
Como eu queria ter mais medo.
Como eu queria me rebelar mais,
E, às vezes, me calar mais.

Como eu queria ter cantado mais,
Criado mais.
Estudado mais,
Estudado menos,

Como eu queria saber mais,
E também, saber menos.
Queria ser melhor,
Mas ainda ser a pior.

Como gostaria que existisse o perfeito,
Que, ainda sim, fosse imperfeito.
Como eu queria amar,
Como gostaria de ser amada também.

Vontade de ver o sol de pôr,
Mas já é noite, uma eterna noite.
Ou será que o sol vem amanhã?
Tomara que sim, espero ansiosa por ele.

E continua aqui, à esperar e à querer.

sábado, 23 de agosto de 2008

Te amar é meu castigo



Te odiar eu não consigo.
Te esquecer sei que é preciso;
Pena que é impossível.

Não sei o autor ^^

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Tempo de brincar, mas de perdas e O violino empoeirado

Mais dois capítulso de A violinista cega, para quem estiver lendo. Para quem não tiver (provavelmente todos HAHA o prólogo está alguns posts abaixo).

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Tempo de brincar, mas de perdas

Nasci em uma cidade pequena, porém, ao meu nascimento e, conjuntamente, a morte de minha mãe, meu pai, procurando melhoria de vida e ajuda para minha criação, fora para cidade grande, onde meus avôs moravam.
Nunca tive a presença de minha mãe, morreu tragicamente ao meu nascimento, que, segundos relatos fora um milagre pelo menos um ter saído vivo, que no caso fora eu. A única coisa que tenho para ter alguma idéia de quem ela é são fotografias, que, como percebem, não tem utilidade alguma para mim.
Desde pequena fui criada pelos meus doces avôs e pelo meu pai, que, na verdade ficava grande parte do seu tempo trabalhando como advogado. Quase não nos víamos, ou melhor, quase nunca ele me via.
Lembro quando minha paixão pelos sons começou, meu avô tinha uma antiga vitrola e alguns LPs de música clássica e também de alguns de blues entre outros.
Minha infância foi marcada pelas músicas que ecoavam naquele pequeno apartamento, que, embora pequeno, habitava muita alegria, eu e meus avôs dançávamos e cantarolávamos, éramos felizes.
Foi nessa época que realmente conheci os sons.

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O violino empoeirado

Um dia, lembro-me, tinha ainda 6 anos, era um dia fresco, passarinhos cantarolavam, a cidade estava agitava, várias buzinas soavam, barulhos de carros, motos, ambulâncias, carros policias, vozes de pessoas de pessoas. Uma sinfonia do caus.
Enquanto brincava com minha boneca e minha avó fazia o almoço meu avô estava arrumando um quarto onde eles guardavam tralhas, coisas velhas, onde nunca entrei pois era empoeirado e bagunçado de mais, o risco de cair no meio daquelas coisas era grande.
Sorridente, abraçava minha boneca quando ouvi meu avô chamando meu nome e o de minha avó:
_Alice, Margaret, venham ver o que eu achei!
Logo eu e minha avó estávamos na porta esperando pelo tesouro encontrado naquela enorme bagunça. Com um estrondoso espirro meu avô saí daquele cômodo anunciando a descoberta:
_Olhe Alice – disse colocando em minhas mãos uma caixa com uma forma estranha – é um violino!
_O que é um violino, vovô?
_Ouça, colocarei para tocar um LP de uma antiga famosa violinista, ela é esplêndida! Você verá!
Então, naquela sala começou a soar um som grave e agudo ao mesmo tempo, um som doce, apreciável, aquilo era um violino.
Então, enquanto apreciávamos aquele maravilhoso som, nos deliciávamos com aquela melodia diferente de todas as outras que já havíamos ouvido, meu avô começou a contar a história daquele violino:
_Ele era do meu pai, seu bisavô, mas ele nunca conseguiu aprender de verdade, era muito preguiçoso aquele rabugento – e riu estrondosamente, conjuntamente comigo e com minha avó.
_Você já tentou aprender, vovô?
_Não querida, nunca gostei muito de tocar, sempre preferi apreciar, e também acho q o violino não combina muito comigo, é preciso ser todo elegante, certinho. E eu sou só... um trapalhão! – e todos voltamos a rir.
_Querido, você se lembra, quando ainda éramos namorados, jovens, e você tentou tocar violino na minha sacada?
_Ah se me lembro, nunca apanhei tanto e levei tantas sapatadas como naquele dia. – e rimos ainda mais.
Ficamos o resto daquela tarde ouvindo aquele LP, dançando, cantarolando, recordando de momentos que nem me lembro mais quais são e também rindo das trapalhadas, dos momentos vergonhosos e das piadas de meu avô. Aquele violino trouxera magia para aquela casa, e, mais tarde, um pouco de tristeza também.
Adorava abraçar aquele violino enquanto ouvia aquelas músicas, era como se fosse uma ligação, era mágico. Logo me apaixonei por aquele som e queria ouvi-lo todos os dias.

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Continua...

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Tira essa lama da calça


Tira essa lama da calça,
Saí dessa casa,
Vai ser feliz.

Não, não se vá ainda,
Venha aqui,
Lava teu rosto, escova teu dente,
Pentea seu já desgrenhado cabelo.

Não, não está pronto ainda,
Tira essa camisa amassada,
Vestes aquela que lhe deram no natal,
No natal passado...

Não, não se vá ainda,
Tira essa lama da calça,
Coloca aí um cinto
Porque sua calça está caindo.

Tira essa lama da calça,
Venha cá, me abraça, despede-se de mim,
Irei sentir saudades,
Dá-me um beijo.

Venha cá, ouça o que irei lhe falar,
Lá fora ninguém perdoa ninguém
Lá fora todo mundo mata alguém,
Lá fora tem sempre alguém matando alguém.

Tira essa lama da calça.
Vá lá fora, vá ensinar a ser feliz
Vá ensiná-los a ser mais do que ninguém
Ensiná-los não a matar, mas a viver alguém.

Tira essa lama da calça,
Vá lá fora
Vá ser feliz
Vá ensinar a ser feliz.


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Uma pequena tentativa de fazer um poema, fiquei recitando isso o dia inteiro na minha cabeça após ver o filme (ou melhor, parte do filme) A fantástica fábrica de Chocolate pela segunda vez, porém agora na sala de aula e me inspirar quando o avô da criancinha o manda tirar a lama da calça. Sou péssima em poemas e não tenho costume de fazê-lo. E olha que tudo começo de um simples "Tira essa lama da calça".

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Só de sacanagem - Elisa Lucinda

Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro,
do meu dinheiro, que reservo duramente para educar os meninos mais pobres
que eu, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro
viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.

Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo
que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.

Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu
pai, minha mãe, minha avó e dos justos que os precederam: “Não roubarás”,
“Devolva o lápis do coleguinha”, Esse apontador não é seu, minha filhinha”.

Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha ouvido falar e sobre a
qual minha pobre lógica ainda insiste:
esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará.

Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido,
então agora eu vou sacanear:
mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem!

Dirão: “Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba”
e eu vou dizer:
Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez.
Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos,
vamos pagar limpo a quem a gente deve
e receber limpo do nosso freguês.

Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.
Dirão: “É inútil, todo o mundo aqui é corrupto,
desde o primeiro homem que veio de Portugal”.

Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal.
Eu repito, ouviram? IMORTAL!

Sei que não dá para mudar o começo
mas, se a gente quiser,
vai dar para mudar o final!


Elisa Lucinda

domingo, 17 de agosto de 2008

"Já sei que flores de plástico não vivem"


Como sempre, ouvindo música, Jay Vaquer em especial . Jay Vaquer, embora com nome com aparência estrangeira é um cantor e compositor brasileiro, nascido no Rio de Janeiro. Filho de Jay Anthony Vaquer (guitarrista americano) e da cantora paraense Jane Duboc.
O que chama a atenção nele é o ritmo de sua música que varia de algo animado, meio pro samba às vezes, para algo mais parecido com o MPB, e também sua voz doce, suave e incrivelmente afinada. Não posso deixar de lado que ele também é muito. Não que tenha influído em eu gostar de suas músicas, mas é mais uma característica admirável nele, a sim, ele também é ator, já protagonizou um musical, mas enfim, já falamos de mais dele.
Um dia, meio aérea ouvindo suas músicas minha atenção voltou-se a uma chamada Aquela música.




E, principalmente, uma frase me chamou atenção “Já sei que as flores de plástico não vivem”, que o título do post. O que são flores de plástico? Coisas irreais, falsas, só embelezam, não são verdadeiras, não é mesmo? Elas não vivem, acabam, ou melhor, talvez nunca estiveram vivas, elas não vivem, não é mesmo?
Por isso, procuremos flores verdadeiras, cultivemos nosso jardim, “o tempo é tão pouco”, vamos correr, vamos viver.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

"Eu sou semelhante a ele"


Ontem, como toda quarta à tarde, estava ajudando meu pai em sua papelaria, quando chegou um cliente, um advogado, que trabalha com casos trabalhistas e criminalistas, conversamos por um curto espaço de tempo e ele saiu, mas o que ele me disse não saiu.
Ele, que dissera que tinha que entregar enviar um envelope no correio local, disse que não agüentava mais, as pessoas faziam as coisas erradas e ele que tinha que cuidar delas depois. Ele disse que as pessoas já não tinham mais medo, que já era fácil ser solto da prisão, o que antigamente não era, que antigamente as pessoas temiam fazer coisas erradas e irem parar lá. Disse que era impressionante, pois lugar pior que a cadeia ainda estava para existir. Que era incrível que algumas pessoas conseguiam sair da prisão, 24 horas, 36 horas depois já estavam lá presas novamente. Ficava impressionado com isso.
Disse também que na época em que ia muito à cadeia, ao ver tremendo horror, ficava chocado; pessoas gritando, desordem total, desconforto, falta de higiene, falta de espaço sequer para dormir, disse que era necessário dormir em pé por falta de espaço. Contou-me que chegava a sua casa, tomava seu banho e ia para igreja e ficava cerca de duas horas por lá, orando, para não cair em tentação. O porquê que realmente me interessou.
Seus argumentos eram, “eu sou semelhante a ele”, “somos todos iguais”, “posso cair em tentação como ele”. Por isso ele orava, para que algum dia ele não caísse em tentação, não fizesse nada errado. Ele fora humilde, se considerou semelhante, ao invés de muitas pessoas que julgam presos como burros, vagabundos, folgados. Dão como julgamento que deviam morrer, e só. Não consideram sua humanidade, que todos somos iguais. Não pensam na possibilidade de que esse “vagabundo” possa ter sido uma pessoa certa, direita, uma pessoa do bem, ou melhor, talvez essa pessoa ainda seja. Não é o fato de você ir preso que te torna uma escória, consideremos também que a justiça brasileira não funciona perfeitamente, na verdade, o que não aconteceu com nenhuma. Tudo têm seu motivo, talvez ele tenha roubado por não ter mais opção, por passar necessidade, talvez ele tenha um motivo para matar, seus princípios não são os de todos. O mundo não gira em torno de você, como você deve pensar às vezes. Nem em torno de mim, muito menos de mim.
Talvez esse advogado pense assim após conhecer de perto a situação dos presos, mas somente TALVEZ. Porque, como discutíamos na aula de história que tive hoje, o sistema cria maneiras que TENTAM erradicar problemas, como preconceito, racismo, discriminação. O fato de que uma pessoa caucasiana passa a viver em um mesmo ambiente que uma pessoa negra não quer dizer que seu racismo não fora extinto. PODE SIM SER EXTINTO, mas não é garantia alguma.
Uma coisa à qual sou muito agradecida é o fato de que minhas apostilas, da Rede Salesiana de Ensino, visa mais ao pensamento, a criarmos nossas próprias opiniões, nos fazendo refletir, como ocorre na maioria das atividades e textos contidos nos livros, do que no aprendizado de termos e histórias que não terão sentido algum futuramente para nós. Sim, aprendemos a história da colonização, aprendemos as regras da gramática, aprendemos propriedades químicas, biológicas, aprendemos sobre estados, sobre sistemas. Mas não aprendemos só isso, aprendemos a pensar por nós mesmos, não apenas seguir esses conceitos, a criarmos os nossos. Aprendemos a ser gente. Foi algo que demorei bastante tempo para aceitar e entender, mas que é maravilhoso. Se esse advogado, sobre o qual lhes contei não tivesse ido além dos conceitos, além do que o ensinaram talvez ele não se achasse semelhante, talvez ele tivesse se tornado um deus para si mesmo. Um falso deus.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Interrogação – Tianastácia


Para vocês uma música que conheci esses dias e apreciei muito a essência de sua letra, e também sua melodia, seu ritmo estilo rock. Nem tudo que é rock não tem conteúdo como acham, é só saber olhar.
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Vou convidar você para dançar
Espero que essa música te tire do lugar
Nessa viagem ninguém poderia te pedir para para no ponto
Que parte do apartamento vizinho reclamação (2x)

Do ponto de vista do entendimento da vida

Interrogação, interroga
Interrogação, interroga (2x)

Abro os olhos pro sol vejo o dia
A palavra de ordem alegria
Para as caras feias bom dia
A cultura é carta de alforria

Vou convidar você para dançar
Espero que essa música te tire do lugar
Nessa viagem ninguém poderia te pedir para para no ponto
Que parte do apartamento vizinho reclamação

Do ponto de vista do entendimento da vida
Interrogação
A ponte que liga o pensamento que explica
O ponto que parte do apartamento vizinho
Do ponto de vista do entendimento da vida

Interrogação, interroga
Interrogação, interroga

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A vida não esperará você, vamos dançá-la, aproveitar, vamos sair do lugar. Interrogue, interrogue, abra os olhos, sinta alegria, tenha cultura.
Viva!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

A violinista cega - prólogo

Uhuuuuuuuu, nosso terceiro dia de vida! Talvez seja bobo, mas cada dia a mais que temos deve ser comemorado, não acham? Ou talvez não, talvez você me odeie, quem sabe, tantos odeiam.
Bom, hoje teremos um post diferente, teremos o prólogo do conto que estou escrevendo, A violinista cega, já tenho mais alguns capitulos prontos mas por enquanto irei deixa-los somente com o prólogo. Espero que gostem, aproveitem, comentem, critiquem. Boa leitura. Sim, é pequenininho, meus capítulos de contos sempre são pequenos.

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Prólogo

Peço-lhes humildemente que antes que comecem a ler esse texto ouçam, sim, ouçam todos os sons que estão ao seu redor. Mesmo se você estiver em um centro agitado, onde pessoas gritam alto, buzinas são tocadas o tempo todo, em que há tantos carros anunciando propagandas tolas e idiotas que você pensa que não pode ouvir seus próprios pensamentos com aquela barulheira infernal, peço-lhes, ouça.
Sim, pois sempre a um som, por menos que seja, mas baixo, sempre há um som harmonioso que fará sentir a calma, assim como você sentia quando ainda era pequeno e mamava dos seios de sua mãe, pare e ouça.
Talvez não estejamos no local apropriado, você deve estar pensando “Que escritora maluca, falando de sons onde não se pode transmitir som algum! Só ler-se!”, não é mesmo? Sim, seus pensamentos não estão errados, não posso-lhes transmitir som algum, ninguém pode, vocês mesmos devem encontrar o som dentro de si.
Eu sou a Violinista Cega, e irei lhes mostrar ao decorrer do caminho, longo ou não, que não é preciso ver, não é preciso transmitir som algum. É somente preciso ouvir a si mesmo.

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Continua.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Feliz dia do estudante!




Estudante:

Do dicionário;
aquele ou aquela que estuda;
discípulo;
aluno;
colegial;
escolar.

Wikipédia;

Aluno (do latim alere "desenvolver, criar") é o indivíduo que recebe formação de um professor para adquirir ou ampliar seus conhecimentos em um determinado assunto. É qualquer pessoa que aprende através de outra, mas o termo é geralmente aplicado para estudantes.

Para mim;

Aquele que se dedica à aprendizagem de algo ou alguma coisa, quem se dedica, quem observa.

Parabéns a este, que hoje, dia 11 de agosto, comemoramos um dia especialmente nosso. Ah, como é gostoso estudar, observar, aprender. Da matemática ao corpo de seu amado, se suas manias. Se dedicar, e que continuemos assim, estudando.
Porque se não... qual seria a graça?

Parabénsa todos! Todos estudamos, coisas diferentes, coisas iguais, estudamos!

A morte

Um texto com um título desse só pode começar com uma descrição bizarra de um assassinato sangrento, asqueroso, maldoso. Um texto desprezível, não recomendado para menores de 16 anos. Talvez seja isso que se deva esperar de um texto com um título desses. Mas... não, não irá começar, a morte não é necessariamente uma praga, uma desgraça, egoísta, gananciosa. A morte pode ser cheia de flores, ou melhor, já é, mas só superficialmente. Flores totalmente sem sentido, devo afirmar. Melhor dizendo irei lhes mostrar que a morte não tem só o lado ruim.

Agora, mudando o título.

- A morte, nem sempre maldosa –

Fujam se quiserem, vocês devem estar me achando uma pirada, nojenta, uma sarcástica repugnante, um anticristo, um “from the hell”, ou seja-lá-o-que-for. Sou meio sarcástica sim, mas irei lhe mostrar que não há maldade alguma em minha opinião.

Confesso, já fui uma que pensava que só havia lado ruim na morte, ou melhor, que a morte só traria desgraça, que a morte só traria perdição. Depois tive minha fase rebelde, depravada e achava que a morte era algo bom, que iria ajudar quem continua vivo. Depois foi me apresentada outra idéia. De um livro, que os recomendo ler, O vendedor de sonhos.

Primeiro, um trecho:

“Não se enganem, o ser humano morre não quando seu coração deixa de pulsar, mas quando de alguma forma deixa de se sentir importante”

Levando isso a mim, eu já morri e ressuscitei zilhares de vezes, sou pior que Jesus Cristo. Deixemos a gozação de lado, morte é algo sério.

Deixe-me lhes explicar, você já deve ter sofrido uma perda, não a morte de um ser humano nem nada do tipo, pode ser de um brinquedo, uma formiga, seu pai, irmão, marido. Ok, talvez seja idiota e desrespeitoso comparar a morte de uma formiga com a morte de um pai, mas gosto muito de trabalhar com simplificações, parábolas talvez.

Então, essas perdas só estarão realmente perdidas quanto não tiverem significado algum para você. De que adianta viver se você viverá para sempre? Qual será o sentido? Qual será o sabor especial daquele chocolate se ele durar para sempre? Provavelmente você enjoaria dele, o deixaria de lado.

Talvez esse seja o sentido da morte.

A pessoa pode ter morrido a anos, você ainda se lembra dela, ela ainda esta viva.Ainda tem lembranças, más ou ruins, a vida não é feita só de glórias, desgraças também podem ser boas.

Outra citação, dessa vez de um livro de infanto-juvenil, Poderosa 2, uma frase que foi escrita na sepultura de uma falecida senhora muito querida por todos.

“Vó Nina está viva dentro da gente”

Por razões adversas ‘Vó Nina’ acaba realmente voltando a vida. Mas isso faz parte da história do livro, que não irei lhes contar.

Continuaremos vivos?

domingo, 10 de agosto de 2008

Bem vindos à tortura!

E com vocês a escritora mais incerta que você provavelmente irá conhecer em toda sua curta existência, que, a julgar pelo estado atual da humanidade, não irá dura mais do que 70 anos. Sim, mais um blog. Não, não temos tema definido.
Irracionalmente racional, quando mais se procurar, mais irá se perder. Quando mais se perguntar, mais dúvidas irão surgir. Teremos de tudo por aqui e de nada, tudo dependerá de meu humor, de minha imaginação.
A vida é um caminho que pode ser longo ou curto, simples ou difícil, colorido ou preto em branco, cheio de visitantes ou não, cheio de altos e baixos. Assim é a vida, ou será que não? Quem sou eu para responder. Quem sou eu para existir?

. Uma última nota de sua narradora .
Os seres humanos me assombram.
Markus Zusak - A menina que roubava livros