domingo, 15 de fevereiro de 2009

Não dá

Não dá

As palavras não tão saindo mais

Horas e horas encarando o papel e a caneta

E nada sai.

Eu sei que não vai sair

Sinto isso

Não há poesia sem sentimento

Sem você não há poesia.

E eu sinto sua falta

Penso em você o tempo todo

Já to cansada de disfarçar

Mas é que na verdade te amo.

Eu quero, realmente

Mas não sei o que posso fazer

Além do que já fiz

Além do que já fizeram.

Vou esperar um pouco

Ver o que vai dar

As fases têm que passar

O bolo tem que ficar pronto.

Mas não se esqueça:

Sinto sua falta.


O blog está mortinho mortinho coitado. :/ Abandonado pelos leitores e um pouco largado pela escritora. Não sei o que faço, falta algo.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

E se tudo fosse diferent? - Capítulo 6

E pra quem ainda lê... Capítulo 6. Nossa cara, to muito cansada hoje, na verdade todos esses dias, e tenho deixado o blog meio de lado, tem dia que to hiper feliz e em outros to numa fossa gigantesca. Vou tentar me inspirar para continuar a fic, tentarei ao menos. :]


_Filha – minha mãe me chacoalhou, falando baixinho pela primeira vez na vida – Daqui a pouco é velório, vamos?
_Quantas horas são? – acho que junto com o sono... minha lerdeza estava crescendo ultimamente.
_Sete horas, se arruma e vamos.
_Tá mãe – e levantei da cama juntando toda a força que o misto de ontem a noite tinha me dado.
Tomei um banho rápido e fui para o meu quarto vestir roupa. Eu não sabia o que vestir, roupa preta como nos filmes? Vestido de gala? Pijama? Resolvi enfiar a mão no guarda-roupa e puxar qualquer coisa, acabei pegando uma camiseta verde claro. “Nada mal”, pensei.
Preferi ir de calça a ir de saia. Não estava nem um pouco afim de ter o cuidado de manter as pernas fechadas para ninguém ver mais do que pode aquele dia. Peguei a primeira calça limpa que vi na pilha. Ao menos não era uma cheia de strass e nem uma que ficasse caindo.
Eu estava com fome, mas resolvi não comer. Somente peguei uma xícara e pus um pouco de café nela e bebi. Minha mãe achou estranho e me olhou com uma cara suspeita mas preferiu não comentar nada.
_Vamos Carol?
_To indo mãe. E o Gustavo, ele não vai não?
_Não, ele disse que não queria ir.
_Ah ta – e olhei para a janela do seu quarto, “como será que ele se sentiu quando soube?”. Ele nunca gostou muito do nosso pai, nem eu, para ser sincera. Mas acho que ainda devia respeito a ele, e sabia que iria sentir falta dele de qualquer jeito.
Entramos no carro e fomos. Entrei sem olhar para o rosto das pessoas, sentia os olhos pregados em mim, e eu sabia o porquê. Tinha tanta gente naquele velório, pessoas que eu nem sequer tinha visto na vida, pessoas que conhecia de vista que iam à loja de meus pais, parentes meus e até amigos. Todos cochichavam baixinho, alguns deixavam cair umas poucas lágrimas, poucas pessoas e poucas lágrimas.
Não quis ficar perto do caixão, muito menos passei perto dele. Passei a uma distancia que eu pudesse olhar de relance seu rosto e fui me sentar em um canto. Alguns vinham até mim e me diziam algumas palavras para tentar me confortar, eu não ouvia a maioria delas. “Pra quê isso tudo?” me perguntava.
As pessoas rodeavam minha mãe e a assediavam com perguntas e palavras de conforto. “Coitada” pensei. Além de ter que agüentar a perda tem que suportar todas essas pessoas. Ela não parecia sofrer muito, ela já tinha perdido alguns parentes, talvez estivesse um pouco acostumada, ou ao menos conformada.
Eu não. Era a primeira vez que perdia alguém próximo a mim. É lógico que não era a primeira vez que ia a um enterro, mas nunca tinha sido alguém que significasse algo para mim. Eu nunca soube lidar com mortes, era tão estranho, um momento ele está ali, em outro, não.
Estava já farta daqueles pensamentos e resolvi sair dali. Levantei e fui até minha mãe e a avisei que ia ficar na rua por que não suportava mais ficar ali. Ela assentiu com a cabeça e me perguntou se queria que me chamasse na hora do enterro.
_Claro – disse sem muita confiança e me retirei.
Fui até a rua e fiquei sentada encostada no muro. Ergui a cabeça e comecei a olhar as nuvens e assim fiquei. Acho que se passaram umas duas horas quando ele veio até mim.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A rainha e o bobo da corte


Há muitos anos atrás existia uma rainha, ela ainda não tinha com quem dividir seu reino e seu amor. Um belo dia apareceu um bobo do corte que a fez imensamente feliz. Pela primeira vez acreditou no amor. Pensou que havia encontrado o amor de sua vida.
Ao que ia refletindo percebeu seu erro “Ele é um bobo da corte, somos diferentes, eu não posso me envolver com ele, nem ele se interessar por mim”.

Triste, percebeu que devia o esquecer, começou a fazer uma das coisas que mais odiava no mundo: se conformar. Por longos dias se amargurou trancada em seu quarto, chorando e, aos poucos, esquecendo-se do seu reino.

O bobo da corte estava em viagem em outros reinos. Ele não sabia da situação da rainha e nem do seu amor por ele.

Ao voltar ao reino o bobo da corte, com sua tremenda ignorância, foi até a rainha para vê-la. Afinal, havia alguns dias que não a via. A rainha ao o ver mudou totalmente de espírito, seu rosto se encheu de alegria.

Nos próximos dias que se seguirão a rainha e o bobo da corte se tornaram cada vez mais próximos ao decorrer dos dias, ele sentia com ela algo que nunca sentira antes, algo que ele ainda não sabia dizer o que era.

Os dias se passaram e o bobo da corte viajou novamente e ficou fora umas três semanas, novamente a rainha cai em desgosto e começa a chorar pelos cantos.

Durante a viagem o bobo conhece várias pessoas novas, faz novos amigos e também conhece uma garota, uma camponesa chamada Milla. Os dias se passam e ele retorna ao reino e à rainha.

A rainha estava amargurada e novamente o bobo da corte tenta a animar. As vezes, sem querer, a rainha soltava um sorriso, mas desta vez era diferente. A rainha fora enganada e o pior, por ela mesma. Ela havia tido esperanças e fora enganada por elas.

Um grande conselheiro da rainha se achegou ao bobo da corte e conversou com ele sobre ele gostar ou não da rainha.

O bobo da corte, surpreso, vai falar com a rainha e a pergunta se tinha falado ao seu conselheiro sobre o assunto.

_Não – disse mentindo, mas isso não importava – Não falo de assuntos sobre o qual não tenho conhecimento. Por acaso gosta de mim? - ela se assusta.

_Não, somos amigos. É só... afeto.

E o bobo da corte se retirou, no dia seguinte a rainha foi encontrada em seu quarto ensangüentada com um punhal no peito e ao seu lado havia um papel com uma única palavra escrita em letras perfeitas:

Afeto.

[escrito durante a aula hoje, participação especial em itálico da Ana Paula ou Biju Cobain]

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Ela é do rock

Jeans colado e uma camiseta qualquer. Um brinco que na verdade deveria ser um piercing de qualquer outra parte do corpo. Franja comprida que tampa o olho quando se distraí e a deixa tomar pela gravidade, o que não a dá nenhum tom d eum estilo emo, e sim de glamour.
Sua pele clara tinha um contraste mágico com seus olhos contornados por linhas negras e sua bochecha acendida por um vermelho sutil. Suas unhas compridas pintadas de vermelho cor de sangue mostravam o poder e a coragem que tinha, mostrava que a qualquer patada que a dessem ela estaria disposta a revidar com tudo.
Em seu pulso trazia algumas pulseiras, todas diferente uma das outras. Todas traziam memórias diferentes e mesmo sendo de plástico ou de fios trançados valiam mais do que ouro para ela.
Em seu pesoço carrega uma corrente com um pingente caído ao peito, traz uma estrela que combina perfeitamente com sua personalidade.
Mas ela não é só visual. Ela é conteúdo.
Ela sabe o que escreve e sabe o que escrever. Não tem vergonha de dizer opinião e tem muito a dizer. E ninguém se cansa de ouvir, pois sua voz é doce e suas palavras não são ditas sem conteúdo.
Não é mais uma que houve o CD internacional da última novela. Ela ouve rock, muitas bandas internacionais e algumas poucas nacionais. “Tem muita música brasileira que não presta” diz ela.
Ela fica horas viajando, mas qual o problema? Se a atmosfera da terra não agrada o mais certo a se fazer é voar sem tirar os pés do chão.
Ela é apaixonada, e faz os outros se apaixonarem.
“Ela é do rock.”

Sei que já postei hoje, mas me deu na telha postar isso. É somente uma descrição de uma adolescente atual. Talvez seja direcionada à uma certa pessoa. Houve quem disse que se dirige a mim mesma, mas não acredito que seja. Pode-se identificar com a maioria das adolescentes por aí.

Capítulo 5 no post abaixo e o 4º embaixo do 5. xD

E se tudo fosse diferente? - Capítulo 5

E agora as aulas começaram. Oitava série só não já bateu na porta como deu um chute e derrubou a e entrou com tudo. Não veio com metralhadoras na mão, mas veio apontando o dedo e ameaçando.
E oitava é a parte final do fundamental. Onde escolhemos o que faremos a frente. E a dúvida chega e fica batendo na nossa cabeça dia e noite.

O primeiro dia foi.... diferente. A escola foi reformada, mudou muito na parte fiísica e, novamente... professores novos. Muita gente da turma se foi, principalmente minhas amigas. Logo vou ter que passar a ter novas companhias.

Ah, de repente bateu a vontade de não escrever mais sobre. Bem, pra não deixar no vazio, capítulo 5 de 'E se tudo fosse diferente?'

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Capítulo 5

Um maldito solavanco me fez acordar. Era o que me faltava, quando enfim descanso um pouco vem um maldito solavanco e me acorda. “Mas peraí, onde eu to?”, me assustei. Com todo aquele cansaço e fome sendo carregados foi praticamente uma batalha da idade média levantar um pouco pra poder ver onde eu estava. Estava no banco traseiro de um carro.

_Onde eu to? – ta, eu sei que não é a melhor pergunta, mas eu estava há horas sem dormir direito e sem comer, por sinal, não podia se esperar muita sanidade de mim.

_Ah Carol, você acordou. – eu conhecia aquela voz, mas demorei alguns segundos para me dar conta que era de um tio meu, tio André, como o chamo – Sinto muito por tudo... – ele deu uma pausa e respirou fundo e continuou - to te levando pra casa agora.

_Casa – com todo aquele sono e atordoamento mental foi difícil lembrar onde era, “ah sim, minha casa”, conclui depois de algum tempo – Tio, onde ta minha mãe?

_Ela teve que ficar em Belo Horizonte, seu irmão ta na sua casa com a sua Tia Sandra, ela vai ficar com vocês lá por um tempo enquanto sua mãe não volta.

_Ah... – eu não consegui pensar em mais nada, estava muito cansada e atordoada, fiquei pensando por algum tempo no começo da viagem... meus olhos estavam inchados e doloridos, acabei voltando a dormir.

...

_Tá certo que ela ta cansada e tudo, mas por favor né. Desde que ela chegou aqui ela já dormiu 15 horas, estou com medo de que ela acabe passando mal, vou acordá-la – era a voz de Tia Sandra, mania de família, sempre falando alto, inclusive no telefone, acabei sendo acordada. Quinze horas? Céus, já tinha aquele tempo todo que eu estava dormindo? Ainda me sentia tão cansada.

Com um esforço tremendo levantei da cama, meu corpo estava dolorido, minha cabeça parecia pesar uma tonelada, cheguei a bambear. “Quando tempo tem que eu não faço algum exercício além de babar no travesseiro?”, me perguntei. Muitas horas, muitas mesmo,nunca aquilo tinha me acontecido. Ai como minha cabeça doía. Resolvi ir a cozinha comer alguma coisa, tomar algum analgésico, aquilo seria bastante por hora. Eu não fazia ideia do que fazer com o resto da vida.

Enquanto esperava meu misto de presunto e mussarela ficar pronto estava brincando na mesa com papel picado, cortando-o fazendo tiras com curvas, coisas inúteis sem sentido algum que sempre foram um passamento e tanto para mim. Me dediquei tanto à aquela espiral que nem notei quando minha tia entrou na cozinha, ela tinha largado o telefone enfim. Outra mania de família: telefonemas além de gritados são sempre longos.

_Finalmente acordou, hein.

_Depois de tanto grito no telefone, impossível continuar a dormir – falei brincando, e levantei o rosto e dei um sorriso leviano, “mesmo que o mundo desabe, sorria” aprendi uma vez – E a minha mãe, tia? Onde ela ta?

_Daqui uma hora ela ta vindo pra casa, ela vai chegar só de madrugada.

_Madrugada... que horas são, hein?

_Não ta vendo o relógio na sua frente não, é? – assim como eu, ela não perde uma chance para brincar.

_To sem óculos, não dá pra ver.

_Ah é, esqueci. Já é oito e meia, suponho que não vai querer dormir mais... Vamos ver TV?

_Não tem opção melhor mesmo, pode ser.

Mesmo não querendo, acabei pegando no sono de novo, a novela não estava assim tão interessante aquele dia. Acho até bom eu ter dormido mais, me deu energia para tudo que viria a seguir.