quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Eu, etiqueta - Carlos Drummond

Um poema de Carlos Drummond, Eu, etiqueta, foi recomendado pela minha prof. de Geografia, Niângela, para o LiteraTudo, a feira literária da minha escola que acontece bienalmente. Esses dias tenho corrido um bocado pra conseguir terminar as coisas e ainda consegui prestar atenção nas aulas, tarefa difícil! E segunda tenho uma prova de Português e outra de História, pelo menos nessas eu sei um pouco da matéria. Quarta-feira tenho uma prova de Geografia e outra de Ensino Religioso e nem ao menos sei a matéria. Bom, quem for da região do Vale do Aço bora ir pro LiteraTudo *-* Vou estar no Salão Irmão José na stand do livro Um garoto consumista na roça (péssimo título, eu sei), a história até que é legalzinha, não é meu tipo de livro, mas eu até que não odiei. xD

Eu, etiqueta


Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, premência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-lo por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer, principalmente.)
E nisto me comprazo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar,
Cada vinco da roupa
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo de outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mar artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.
(Carlos Drummond de Andrade)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Tem gente que diz que sou radical...

Um post meio sem noção, meio diário, talvez interessante, simplesmente conto fatos, e reflito um pouco, acho que nada mais.


Tá, é inegável, eu realmente me despertei de interesse quando um amigo meu disse que eu era radical. Eu, sempre a nerd quetinha no meu canto, radical? Eu ri, e muito. Aí ele me explicou melhor, ele não quis dizer radical a ponta de ser extrovertida entre outros. Ele simplesmente quis dizer que às vezes eu exagero nas coisas, e as faço sem pensar.

Faço mesmo, admito. Às vezes meus surtos e crises são tão fortes que eu acabo fazendo incríveis burradas. Sexta-feira e sábado foi um exemplo, enfiada em tremenda tristeza, comecei a me cortar. Não é algo muuuito significativo, mas foi o bastante pra levar bronca de três amigos meus.

Antes que venham com comentários no post me questionando se eu virei masoquista ou se estou querendo me matar vou explicar melhor. Eu, em tremendo desespero, chorando, quis extraviar minha dor psicológica em alguma coisa, então BUM! Tinha uma tesoura na minha frente, por meio minuto considerei cortar meu cabelo extremamente curto, isso acarretaria ALTAS conseqüências, e até que gosto do meu cabelo longo, serve para me esconder. Então, resolvi me cortar, cortar um ponto cedo, algo pessoal. Eu sei que às vezes gosto de chamar atenção, mas simplesmente eu não iria cortar o rosto ou o pulso, sou impulsiva, mas nem tanto, a coxa pareceu uma boa idéia. Como eu estava de calça, saí correndo e vesti um short (não me perguntem por que simplesmente não tirei a calça).

Então, de posse de uma tesoura, e de shorts, eu comecei a arranhar um pedaço da minha coxa, apertando cada vez mais fundo num certo ponto, até que vi sangue e deixei como concluído meu “trabalho”. No dia seguinte... outro surto, mas eu já estava de shorts, e dessa vez cortei mais encima e na outra perna. O primeiro corte tinha ficado muito perto do joelho, dava para se ver facilmente.

Pronto, tá explicado o que aconteceu, foi um surto, não irá me matar, só vai deixar duas cicatrizes.

Então, hoje, enquanto mexia nas minhas coisas em busca de algo que ajudasse para o projeto do meu grupo da feira literário encontrei algo, que eu sabia muito bem que estava lá, bem escondido, para ver se eu me esquecia dele; uma caixa de sedex, escondida dentro de uma mochila minha. Então, simplesmente parei tudo, levei a caixa para o primeiro andar, peguei uma caixa de fósforos e...

Comecei a queimar a caixa, foi nela que recebi o Edward, minha girafa de pelúcia, que ganhei do meu ex, eu não queimei ele também por coração fraco, mas estou satisfeita comigo mesma por ter queimado a caixa. Simplesmente tinha uns dois meses que eu sabia que devia dar fim aquela caixa, hoje finalmente foi o dia. E eu digo, nunca fiquei tão feliz em ver fogo.

Foi ali mesmo na varanda da minha casa, coloquei a caixa no chão, risquei uns 4 fósforos até conseguir que queimasse alguma coisa, eu tinha um balde de água do lado, só para não dizerem que eu sou completamente louca. Deixei-a queimando até o que julguei necessário, no final só queimou a tampa.

Fiquei o tempo todo observando o fogo arder, foi gostoso, cheirei a fumaça com prazer, talvez até mais prazer do que um fumante. Percebi que aquilo era meu laço com ele, vi que o estava queimando e fiquei feliz por ele, estou cansada de sofrer por você! Pensando nisso, dei mais uma fungada. Eu sabia que não podia ficar fazendo aquilo, era arriscado, já que tenho bronquite e tudo mais... mais aproveitei o momento ao máximo. Foi bom.

Eu não podia deixar queimar muito, eu iria manchar o azulejo, e também sujaria as roupas brancas no varal, sem falar da sujeira no final. PLAT! Água em cima da caixa.

Então tive que limpar a pequena sujeira, no final acabou deixando uma pequena mancha amarela no azulejo, quase que não dá pra ver. Peguei a caixa, coloquei em três sacolas e a joguei no lixo aqui perto de casa.

“Foi bom”, pensei.

É... talvez eu seja radical.






É, foi irresistível tirar uma foto. Taí minhas memórias queimadas.

domingo, 26 de outubro de 2008

A fraqueza


Sinto a dor, dentro de mim

Continuar já me parece tão difícil

Me sinto cansada de lutar em vão

Me sinto só no meio da multidão.


Essa dor, parece queimar meu coração

Cada batimento um sacrilégio

Me encontro em prantos

Jogada, caída ao chão.


Todos os dias, todas as manhãs

Ao acordar engulo as lágrimas

Engulo o pranto

Por vergonha.


Ao respirar minhas narinas ardem

Parece que respiro fogo, mas não

Não respiro fogo

Respiro a vergonha.


Quase em silêncio

Em murmuros meio mudos

Clamo por alguém

Que me erga dessa escuridão.


Eu sei, eu sei que devo continuar

Mas não sei como

Minha verdade foi jogada ao vento

Já não tenho mais chão.


Estou trancada em meu camarim

Sei que há uma vida lá fora

Tem uma platéia me esperando

Eles querem que eu seja forte e continue.


Mas não consigo

Não faço idéia de como

Preciso de ajuda

Pode me ajudar?


50º post do blog, nada de especial, minha fraqueza não me permite pensar em muito, já estou meio atarefada em me fingir normal para uma feira literária complicada que terei essa sexta-feira.

sábado, 25 de outubro de 2008

Me desculpe

Dedicada à um amigo, gostaria que ele lesse, mas sei que provavelmente não irá. E como não tenho coragem suficiente para pedi-lo somente clamo em silêncio que leia isso e para que me perdoe.


Me desculpe

Olha, não fiz por mal
Eu não soube o que fazer, agi a impulsos
Não mando em meu coração, você sabe disso.
Por favor, me desculpe, queria não ter te amado.

Quero continuar a ser sua boa amiga
Quero que continue sendo aquele amigo que tanto amo
Por favor, esqueça o que lhe disse
Me desculpe por ter te amado.



Ah, como gostaria de lembrar, o próximo post será o 50º post do blog, devo pensar em algo especial, ainda não sei.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

À humanidade

Com certeza, o tempo que demorei para escrever esse poema não foi curto, mas afirmo com alegria que não foi tempo perdido, o considero meu melhor poema já escrito (e o mais extenso também), gostei muito dele. E a inspiração eu encontrei no "almoço" de hoje, enquanto brincava de recitar coisas esquisitas para fingir ser romântica. Acabei me inspirando em pequenas coisas, como em uma música da Ana Carolina e Seu Jorge - Chatterton -, como em uma do Engenheiros do Hawaii - Dom Quixote-, e uma da banda Ludov - Sobrenatural. E claro, também inspirei me em Nieszche e Romeu e Julieta. Foi tudo muito inspirada, misturei as diversas filosofias que aprendi no decorrer da minha vida, gostei muito, é gostoso ser romântica às vezes.

À humanidade

Humanidade, por favor
Escuta o apelo de vossa irmã
Que hoje aqui vem para lhes fazer uma petição.
Ó humanidade, escuta-me
Humanidade, a causa que me trouxe hoje aqui
A causa que me faz erguer a coragem de algum fundo obscuro de meu ser
É a causa que me faz viver; vocês.

Ó humanidade, peço-te que olhes ao teu redor
Mas não apenas olhe, ó humanidade
Sinta o seu redor, faça parte dele.
Ó humanidade, eis que muitos padecem entre nós
E sei que suas mentes estão conscientes desse fato.

Humanidade, sonda-os por favor
Escuta a voz do seu povo que padece
Do seu povo que sente todas as manhãs a fome
Do seu povo que chora de dor por suas eternas chagas
Do seu povo que nem a voz tem
Escuta as palavras não ditas
Escuta teus olhos, seu olhar
Escuta teus sentimentos.

Humanidade, eis que a muito estou a observar
Longos anos, devo constar
Que me pareceram ainda mais longos
Pois, por todos eles, tive que esperar
Sabe, o tempo é lento para quem se espera;
Ele não passa, parecemos sempre estar no mesmo lugar!
Curto para quem tem medo e foge;
Nunca o há suficiente!
Extenso e doloroso para quem se sofre;
Pois cada segundo significa dor
Curto para quem celebra;
Porque afinal, somos egoístas, sempre queremos mais.
E, felizmente, eterno para quem se ama;
E é do amor que vim lhes falar.

Humanidade, lembrei-vos dos antigos
Que sejamos loucos assim como Dom Quixote
Que sejamos loucos e que saiamos ao mundo para enfrentar os moinhos!
Sejamos insanos, despreocupados com dinheiro e padrões fúteis
Dancemos a valsa muda de Nietzsche, pois como ele próprio disse;
"Sem música, a vida seria um erro."
Que nos entreguemos ao amor assim como Romeu e Julieta
Pois sem o amor, o tudo se torna uma imensidão de nada.

Ó humanidade, inspira
Inspira pois o amor estar no ar
Inspira-o
E não se esquece de expirar também
Pois, não se esqueça, o amor não é só para ti.
Ó humanidade, viva
Ame
Chore
Sorria
Não se esqueça; seja o que é;
Humana.
Não te esqueces nunca de ser o que é
Seja humano;
Errante;
Modelável;
Diferente;
Inexplicável;

Ó humanidade, seja ti e deixes de se importar
Com aparências e padrões que o estão a rodar
Viva, sem medo de viver, pois
“A vida é curta, mas não é pouca.”

domingo, 19 de outubro de 2008

As estrelas


Em meu céu não há mais estrelas
Nem ontem, nem hoje e, provavelmente, nem amanhã
Você sabe o quanto gosto delas
Também sabe o quando me sinto mal sem elas.

Mas, na verdade, sei que elas estão lá
Só não as posso mais ver
Os postes, as luzes da rua
Me impedem de ver o espetáculo da natureza, o céu estrelado.

Por um momento, desejo que todas se apaguem
Desejo ficar na escuridão dos postes
Desejo olhar para o alto e flutuar
Flutuar na beleza das estrelas.

“Quem sou eu para colocar toda uma cidade em apagão?”,
Com tristeza no olhar penso
Como queria te ter ao meu lado
Você seria uma estrela para mim.

Com você, as estrelas seriam desnecessárias
Porque você brilha para mim, e você sabe disso.
Você sabe que sinto sua falta...
Assim como sinto das estrelas.


Só isso, não estou muito animada para nenhuma observação hoje.

sábado, 18 de outubro de 2008

O amigo

Uma noite de sábado, dia 18 de outubro de 2008, sabe, tem dois dias no mês que realmente me dão dor de cabeça, dia 18 e 28, longa e entendiante história, não queiram saber. Pensando que hoje pudesse ser um dia um pouco melhor, fui enganada. Aqui estou, privada da IRCosfera, confinada a não usar mais scripts, com cerca de 15 pessoas online no msn, sem nenhuma delas querer se comunicar comigo, a vontade de chorar persiste, e minha mania de olhar para cima e morder os lábios até a vontade passar também. Um pequeno texto em homenagem a um ser que agora simplesmente não existe.


Sabe aqueles momentos tristes?
Aqueles vazios...?
Onde se respira, olha ao redor e...
Continua a ser tão solitário?

Olha-se para o céu
Só se vê a lua e os postes de luz
_Onde estão as estrelas? – você se pergunta
Onde está?

De longe então se ouve
Um titilar distante, quase mudo
Se sente um sentimento
A felicidade

Aos poucos ela se achega
Lhe abraça com aquele carinho e afeição já conhecido
“Um amigo”, você pensa e então suspira
Olha para trás e retribui seu conhecido sorriso.

Às vezes é tão incrível,
Às vezes até inacreditável
Eles parecem ler sua mente
E te ajudam no momento certo.




Sabe, acho que vou criar outro marcador chamado "desabafo", porém temo que todos meus post estejam com essa marcação.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

O vazio


Me desculpem, vocês já devem estar se chateando com meus posts... chatos e deprimentes, já devo ter espantado até meus leitores. Então vou avisando, é preciso ter um pouco de paciencia e ternura para suportar ler esse post meu hoje. ^^



Uhnm... por algum motivo estou com a necessidade de escrever, sim, a necessidade, não como desde 22hs de ontem e não estou com fome, mas sinto uma vontade de escrever que está gritando dentro de mim, e me dando raiva.
Já tem cerca de uns... 4 ou 5 dias que dou ctrl + t no meu mozila Firefox entro no url do meu blog e fico lá... o encarando, queria que ele tivesse alguma reação, queria que... alguém mexesse comigo!
Faz dias que estou pensando em escrever, mas não faço idéia do que escrever. Ultimamente tenho ouvido muito música, de maioria, brasileiras, Leoni, Engenheiros do Hawaii, Nando Reis, Barão Vermelho, um repertório um bocado variado até. Com muitas delas me identifico, identifico em trechos ou até mesmo em todas as suas vírgulas. É estranho como alguém que nunca me viu, conheceu , consegue expor de forma melódica minha a vida assim... Parece até simples, às vezes.
Bom, sem mais distrações ridículos irei lhes escrever o post de hoje... Porém agora já não me lembro mais o que eu iria escrever, se não me engano, comecei a escrever esse texto ainda às nove horas da manhã, e são agora 18:29h, sabe, não gosto de 18hs. Porquê? Bom... não faço idéia, me desculpem esse vazio.
Sim, falando em vazio o título do texto é O vazio, mas o que eu estava pensando quando escrevi isso? Já nem me lembro mais, será que estou tendo problemas de memória...?
Sabe... ultimamente tenho tido raiva, muita. Mas minha raiva pouca vezes é expressa com xingos e murros, mas sim com uma melancolia, com lágrimas no rosto. Para quem me conhece pelo menos um pouco bem sabe que cerca de dois meses atrás passei por uma experiência não tão legal, por assim dizer, e quem me conhece um pouco melhor sabe que até hoje não me recuperei desse ocorrido.
E isso me dá tanta... raiva. Nós últimos meses cada respiração tem sido mais dolorida, cada sorriso um pouco mais forçado, nesses últimos tempos quantas foram as vezes que segurei o choro, por vergonha ou por pensar que isso ajudasse a melhorar, “você tem que parar de chorar, Maria!”, pensava, mas agora não sei bem se segurar o choro me ajudou. Até hoje sinto vontade de chorar, até hoje tento esconder esse sentimento. E isso tem se tornado tão trabalhoso... cansativo.
À duas noites atrás eu cheguei a meu limite, não suportei mais, não consegui mais segurar minhas lágrimas dentro de meus olhos, meus gemidos de dor psicológica, meu tormento. Escondida, como sempre, debaixo do cobertor permiti-me chorar.
E no outro dia tive uma surpresa, continuava viva, sem vontade. Porque motivo se dá a vida a pessoas que não querem?
Chega de desabafos, sei que as pessoas odeiam isso e tenho medo que certas pessoas vejam isso... tenho medo de expor minha.. fraqueza. Sim, porque mais que certas pessoas me digam que sou fraca eu ainda tenho fraquezas, meu corpo dói como se houvesse levado uma facada assina ainda quando ouço ou falo seu nome, meu peito se desespera à procura de ar, meus olhos se congelam em pavor.
“Tudo bem, até pode ser
que os dragões sejam moinhos de vento.”
Sim.... talvez nossos medos sejam apenas... moinhos de vento, talvez eles não sejam assim perigosos. Talvez a dor não seja assim tão ruim.
Então, de braços abertos, espero.

sábado, 11 de outubro de 2008

Conclusões e pensamentos

Sim, eu arranjei um tempo entre meus livros, na verdade na próxima semana não terei aula por causa do recesso, então terei um bocado de tempo livre e também, durante toda essa semana eu tive tempo livre o suficiente – ou até mais que isso – para escrever, mas simplesmente não tive vontade de fazê-lo. Porque? Sei lá... Fala sério, ter que dar explicação para as coisas às vezes é chato.
Bem, hoje, deitada em minha cama, com as pernas dependuradas na minha cadeira do computador fiquei pensando um pouco na vida, nas coisas, com uma câmera na mão comecei a fotografar o meu redor. Ah, não sei, não quero ter que explicar... só... escreverei, pronto!



Parada em meu quarto e pensando
Chego a conclusão que algo falta
Algo não concreto, algo não explícito
Mas o que falta?

Chego a pensar que o que falta é você
Então começo a me imaginar em sua presença
Meus pensamentos são horríveis
Não os suporto, logo os largo, e torno a pensar.

Não que ficar com você tenha sido algo ruim
Eu aprendi, e fui feliz, juro
Mas... eu sei, não posso voltar com você
Porque não dá certo, você não serve pra mim nem eu para você.

Pensar em você já não dói como no começo
Acho que não é porque a dor cessou
Mas sim porque me acostumei a ela
Não foi por querer, você sabe, nunca quis me acentuar a algo ruim.

Pensando mais um pouco, pensando um pouco melhor
Sei o que me falta
E não é você, é a situação em que você me deixava
Sinto falta de amar perdidamente.

Sinto falta de ignorar os comentários, as coisas ruins da vida
Pelo seu amor, pela certeza
Pela segurança.
É disso que sinto falta.

Acho que não é de você necessariamente
Hoje, pensando, nem sei se o amei.
Foi tudo tão confuso e idiota, tão bom
É disso que sinto saudades.

E hoje sei de uma coisa:
Quero voltar a amar, fantasiar, desejar
Mas no momento estou meio em dúvida
Ainda consigo?

Hoje tenho medo de me magoar
Tenho medo de que outra faca cravem em meu peito.
Sinto medo, muito medo
Você sabe, o que sempre quis foi segurança.

domingo, 5 de outubro de 2008

Um bocado de ausência devida a livros


Sim meus caros leitores (se é que ainda os tenho), eu, uma leitura compulsiva do tipo que sempre está lendo algum livro com raras exceções como no espaço de tempo entre acabar de ler um livro e comprar o próximo, no mês passado eu havia ganhado do meu pai dois livros, Veronika decide morrer, do Paulo Coelho e A cidade do sol de Khaled Hosseini. O de Paulo Coelho eu já terminei de ler e me apaixonei, aliás, no final do post vou falar um pouco de cada um dos livros que estou citando no texto. Mas A cidade do sol eu ainda estou na página 36 de umas 360, ou seja, ainda falta muito.
E hoje, graças ao bendito 3º Salão do livro ganhei mais três livros, sendo eles Eu sou o mensageiro de Markus Suzak,Lua nova da Stephenie Meyer e Homem sem nome de Adriano Silva. Livros que provavelmente são bons, pelo menos quanto aos dois primeiros, que já experimentei um pouco do autor e me apaixonei, quanto a Adriano Silva eu estou experimentando pela primeira vez. Somando tudo tenho 4 livros para ler, e como todos são numerosos em páginas provavelmente vou me ausentar para a terra da magia. Sem contar com o fato de que tenho uma Feira Literária a ser feita para o dia 31 desse mês sobre um livro idiota: Um garoto consumista na roça, que eu já li faz algum tempo, mas tenho quase certeza de que vou ter que reler porque vou ler tanto que vou esquecer a história dele. xD
Então, caso eu sumir, vou estar enterrada em algum livro ou num trabalho, espero que o Idhrin ocupe meu espaço por esse tempo, e espero que vocês (que eu nem sei quem é) gostem da presença dele por aqui. Mas não se acostumem, não gosto que tomem meu lugar! ;-;
Agora, como dito, vou falar um pouco sobre cada livro que citei! :3

A cidade do sol

Me parece interessante, embora eu esteja lenta para lê-lo, é de Khaled Hosseini, o escritor de O caçador de pipas, um livro que gostei muitoe já tive boas recomendações dele por isso resolvi comprar e ler, o fato de que a protagonista da história é uma garotinha chamada Mariam, que me lembra um conto que comecei a escrever e nunca terminei mas ainda quero escrevê-lo! u_u
Eu sou um mensageiro
Acho que desde o começo do ano quero lê-lo mas só hoje o comprei, ô dificuldade, tenho essa grande dificuldade em me concentrar quando vou a uma livraria. Bom, Eu sou o mensageiro foi escrito por Markus Suzak, o autor do best-seller A menina que roubava livros, que por acaso é meu livro favorito. :P Já tive muitas recomendações para ler ele também, e confio no autor porque A menina que roubava livros foi um livro incrivelmente bom.

Lua nova

Segundo livro da sério Crepúsculo que foi o livro de estréia da escritora (e muito boa) Stephanie Meyer, eu que confiei meus (ou melhor, do meu pai) R$29,90 reais em seu livro Crepúsculo no dia em que chegou a livraria sem ao menos nunca ter ouvido falar dela e do seu livro, adiando a comprar de A cidade do Sol, Eu sou o mensageiro entre outros que eu já devo até ter esquecido. Foi bom, porque amei o livro, um romance de vampiro, escrito de uma maneira mágica, não estão mentindo quando dizem que não se deve começar a ler esse livro se não tiver tempo pra ficar o lendo até terminar. Gostei muito dele e fiquei hiper curiosa com a continuação que é o livro Lua nova que foi esperado a estréia brasileira com muita ânsia por mim e por mais alguns. O recomendei para algumas pessoas e pelo que tive notícia, pelo menos uma gostou, hoje em dia Crepúsculo já está na moda, vivo vendo gente carregando ele pela escola, mas fico feliz por eu provavelmente ser a primeira a ler! :D

Homem sem nome

Capas pretas me atraem é a pura verdade, não me pergunte porque, talvez porque eu tenho meu complexo Gótico-emo-kei, sei lá. Estava fuxicando –como gosto de chamar – na prateleira de livros em promoção quando o vi, um dos únicos livros de narrativa que encontrei entre cerca de 100 livros, tendo somente mais dois que nem achei muito interessante, sua sipnose é interessante, “Homem sem nome é um livro sobre limites” gosto de livros assim, que me levam a perguntas coisas para mim mesma. Espero gostar dele, nunca li nada de Adriano Silva mas gosto sempre de variar e experimentar coisas novas.

E assim termina minha longa descrição. Como estou em hiatus talvez ler desperte meu lado fantasioso novamente.
Tchau, até a próxima postagem que não faço idéia de quando será!

sábado, 4 de outubro de 2008

Erro

Todos erram, e essa foi minha vez de cometer um erro. :P
Venho aqui lhes pedir de desculpa (não se é realmente necessário, mas ok), no meu último post eu escrevi ‘acho que estou precisando me apaixonar. Como li uma vez, só é poeta quem ama, quem sente na pele.’ E ao escrever isso não notei minha desconsideração com as tantas pessoas e coisas que amo. Amor não é só o amor de namorado, amor é aquela caneta que você gosta e não quer perder nunca, aquele chaveiro todo quebrado que você adora e que não quer jogar fora porque tem um significado especial, é aquele amigo que é indispensável para sua felicidade, aquele violão que você não desgruda nunca, são seus pais. Como dizem: o amor está no ar, literalmente.
E agora... estou entrando numa época nova, não sei se vai durar muito mas é bom aproveitar os momentos. Estou entrando numa época meio hippie.
Tenho outra desconsideração a fazer, a um bom tempo atrás eu escrevi em algum post aqui que é preciso amar como se houvesse amanhã, mudei de idéia.
É preciso amar como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar não há.
Legião Urbana – Pais e filhos
É meio confuso e difícil de explicar porque mudei de opinião, mas vou tentar, o amanhã não existe, sabe por quê? Porque quando o amanhã chegar será hoje, não será mas o amanhã. É uma filosofia de loucos, só a siga se estiver disposto a ser um alienado também.
Então... Estou disposta a amar e o melhor, já amo! Mas não é nenhum namorado ou coisa parecida antes que pensem, amos meus amigos, meu violão e minha craviola, meus livros, meu fichário desengonçado, amo muito tudo isso! :3
Acho que só isso que tenho a dizer, como viram, temos um novo escritor aqui. Idhrin, um amigo meu há algum tempo, nos unimos por circunstâncias incrivelmente engraçadas. Seja bem vindo à loucura, que se for pensar um pouco mais foi você que me passou ela.
Tchauzinho!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Teste

Ah, como começar? Eu sempre quero começar as coisas, sei como começar, mas na hora mesmo, eu nunca sei ¬¬ Bem, tô é testando isso aqui *-* e anunciando, de certa forma, que tô dentro do blog XD Odeio quando faço uma coisa do tipo que se anuncia que se está fazendo, mas acabo adiando um pouco pra anunciar, e algum infeliz maldito descobre e espalha/comenta para/com outros ._.
Bem, acho que isso funciona mesmo =P Na proxima eu faço um post decente, com apresentação, falando de mim, essas coisas o/

(alguma assinatura que vou fazer questão de colocar em cada post *w*)

P.S: Viu Mah? NAO TEM PORNOGRAFIA NO MEU POST u.ú

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Um momento ao pensamento

Estou num hiatus nervoso, tô procurando inspiração, acho que estou precisando me apaixonar. Como li uma vez, só é poeta quem ama, quem sente na pele. Bom... Trouxe-lhes um pequeno poema.

Sentei, esperei
Resolvi ignorar a passagem do tempo
Observei a paisagem que à minha visão estava
A que estava ali todos os dias, só que ninguém a via.

Perdi-me em meus pensamentos
Por um instante, já não mais doía
Aquela minha antiga ferida
Que por anos a fio, sua dor insistia.

Lembrei-me de tudo que passei
O quanto por ti sofri
E por um instante não tive raiva
Lembrei-me o quão feliz fui contigo.

Olhei o horizonte
“Belo e retumbante”, - cantarolei.
Às formas das nuvens, ao céu
A eles uma antiga cantiga ofertei

“Por quê?”, pensei
Não sei, pra quê?
É bom respirar, refletir e pensar
Não estou com vontade de... parar.

Estou um pouco reflexiva, por que, e para quê esse blog? x.x Sei lá... é tão estranho, é como perguntar porque as vacas e não as galinhas tem leite.