domingo, 16 de novembro de 2008

A violinista cega - Confetes, isso é uma festa! [Cap 4]

Capítulo 4 da história que estou escrevendo, já deve ter uns 2 meses que esse capítulo já está escrito, mas nem posto porque percebo que quase ninguém tem interesse em ler.Na verdade a fic já está no capítulo 9. x.x
Não me pergunte porque estou voltando a postar a fic hoje de novo, que estava adormecida a algum bom tempo no meu word, eu criei um desafio para mim mesma, criar uma história simples e tocante, e terminá-la (meu graaaaaande problema). Vou me esforçar ao máximo! Outros dias eu posto mais capítulos.
Se tiver interesse em ler os demais capítulos clique aqui



Com o decorrer do tempo eu acabei me esquecendo do violino, o que fora um alívio para meu pai, alguma coisa – a qual eu demorei um bom tempo para descobrir – o deixava inseguro sobre aquela minha idéia.
Janeiro estava se aproximando, logo eu iria fazer seis anos e iria para escola. Em todos aqueles anos eu nunca realmente tive a amizade de uma criança da minha idade, na maioria das vezes fui criada dentro de casa, saindo para passear nos parques com os avôs às vezes, mas nunca tive um amigo. Como meu pai era filho único e também não se interessara em casar novamente, eu não tinha um sequer familiar para brincar.
Logo, a idéia de ir para a escola me assustada e excitava ao mesmo tempo. Mas não só a mim.
No dia do meu aniversário eu ganhara de presente uma linda boneca de meu pai – segundo ele e meus avôs – e algumas roupas de meus avôs. Fizemos um jantar especial, com minhas comidas favoritas e comemos bolo, depois do jantar ligamos a vitrola e começamos a dançar e cantar, mas o som do violino não ecoara por aquele apartamento aquela noite.
Já era tarde, eu já estava ficando cansada e já tinha passado da minha hora de dormir, foi nessa hora que recebi a novidade.
_Querida, está na hora de dormir, mas antes quero lhe contar uma novidade – disse meu pai me colocando em seu colo.
_O que papai? – disse atenta às suas palavras.
_Adivinha para onde você vai mês que vem!
_Pro zoológico pai? – disse eu excitada – Para um concerto?
_Nada disso, moça, você vai para escola!
_Escola... – disse esfregando a mão nos olhos, a novidade era surpreendente, mas o meu sono a superava – Escola...
_Já vi que você não está agüentando mais ficar acordada, hein, minha anãzinha Soneca, vou levá-la para sua cama no colo, tudo bem? Como uma princesa!
Então ele me levou para meu quarto, deu-me um beijo na bochecha e disse baixinho ao meu ouvido.
_Feliz aniversário, querida. Você é um tesouro para mim, te amo muito. Faria tudo para protegê-la. Boa noite – e se fora pela porta.
Minutos depois eu já estava perdida em meu sono. Mas aquela noite não fora boa, como meu pai havia me desejado, naquela noite, atrás daquela porta, uma discussão terrível aconteceu.
...

_Você tem certeza disso Alex? Talvez isso não seja o melhor para a menina.
_Pai, como você acha que a menina conseguirá crescer no meio de pessoas que não entendem sua situação, irão maltratá-la!
_E o certo então é deixá-la viver a parte da sociedade?! Confie em mim, será melhor colocá-la numa escola normal.
_Irão maltratá-la, ela sofrerá, você acha que eu suportaria isso?! Eu sou pai dela! – disse meu pai raivosamente, dando um murro na mesa de jantar.
_Acha que não sei o que é amor de pai? Você está aí na minha frente para provar o contrário.
_Mas eu não nasci cego, nem surdo, mudo! Eu não sou um alvo das pessoas más da sociedade, eu posso me passar como um alguém normal na sociedade. Ela não, entendem? Ela não é igual a todos nós. Ela não é normal!
Eu não era normal, papai não me achava normal. Eu era uma aberração. Segurei meu choro em meu travesseiro, não queria que me ouvissem. Encostei meu ouvido na porta e continuei ouvindo com cautela para não ser descoberta.
_Querido... – disse vovó colocando a mão por cima do seu ombro – Escute seu pai, talvez você esteja errado. Ela pode não ser igual a todos nós, mas isso não quer dizer que ela não possa viver igual a nós.
_Como mãe? – sua voz vacilava, parecia estar chorando.
_A matricularemos na Madre Teresa, está bom assim? – disse meu avô em um tom mais baixo.
_Não tenho dinheiro para isso, lá é muito caro, é uma escola para ricos!
_Nos o ajudaremos, também a amamos, ela é nossa neta, é como uma filha para nós. Faríamos tudo que ao nosso alcance para ela, filho.

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