terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

E se tudo fosse diferente? - Capítulo 5

E agora as aulas começaram. Oitava série só não já bateu na porta como deu um chute e derrubou a e entrou com tudo. Não veio com metralhadoras na mão, mas veio apontando o dedo e ameaçando.
E oitava é a parte final do fundamental. Onde escolhemos o que faremos a frente. E a dúvida chega e fica batendo na nossa cabeça dia e noite.

O primeiro dia foi.... diferente. A escola foi reformada, mudou muito na parte fiísica e, novamente... professores novos. Muita gente da turma se foi, principalmente minhas amigas. Logo vou ter que passar a ter novas companhias.

Ah, de repente bateu a vontade de não escrever mais sobre. Bem, pra não deixar no vazio, capítulo 5 de 'E se tudo fosse diferente?'

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Capítulo 5

Um maldito solavanco me fez acordar. Era o que me faltava, quando enfim descanso um pouco vem um maldito solavanco e me acorda. “Mas peraí, onde eu to?”, me assustei. Com todo aquele cansaço e fome sendo carregados foi praticamente uma batalha da idade média levantar um pouco pra poder ver onde eu estava. Estava no banco traseiro de um carro.

_Onde eu to? – ta, eu sei que não é a melhor pergunta, mas eu estava há horas sem dormir direito e sem comer, por sinal, não podia se esperar muita sanidade de mim.

_Ah Carol, você acordou. – eu conhecia aquela voz, mas demorei alguns segundos para me dar conta que era de um tio meu, tio André, como o chamo – Sinto muito por tudo... – ele deu uma pausa e respirou fundo e continuou - to te levando pra casa agora.

_Casa – com todo aquele sono e atordoamento mental foi difícil lembrar onde era, “ah sim, minha casa”, conclui depois de algum tempo – Tio, onde ta minha mãe?

_Ela teve que ficar em Belo Horizonte, seu irmão ta na sua casa com a sua Tia Sandra, ela vai ficar com vocês lá por um tempo enquanto sua mãe não volta.

_Ah... – eu não consegui pensar em mais nada, estava muito cansada e atordoada, fiquei pensando por algum tempo no começo da viagem... meus olhos estavam inchados e doloridos, acabei voltando a dormir.

...

_Tá certo que ela ta cansada e tudo, mas por favor né. Desde que ela chegou aqui ela já dormiu 15 horas, estou com medo de que ela acabe passando mal, vou acordá-la – era a voz de Tia Sandra, mania de família, sempre falando alto, inclusive no telefone, acabei sendo acordada. Quinze horas? Céus, já tinha aquele tempo todo que eu estava dormindo? Ainda me sentia tão cansada.

Com um esforço tremendo levantei da cama, meu corpo estava dolorido, minha cabeça parecia pesar uma tonelada, cheguei a bambear. “Quando tempo tem que eu não faço algum exercício além de babar no travesseiro?”, me perguntei. Muitas horas, muitas mesmo,nunca aquilo tinha me acontecido. Ai como minha cabeça doía. Resolvi ir a cozinha comer alguma coisa, tomar algum analgésico, aquilo seria bastante por hora. Eu não fazia ideia do que fazer com o resto da vida.

Enquanto esperava meu misto de presunto e mussarela ficar pronto estava brincando na mesa com papel picado, cortando-o fazendo tiras com curvas, coisas inúteis sem sentido algum que sempre foram um passamento e tanto para mim. Me dediquei tanto à aquela espiral que nem notei quando minha tia entrou na cozinha, ela tinha largado o telefone enfim. Outra mania de família: telefonemas além de gritados são sempre longos.

_Finalmente acordou, hein.

_Depois de tanto grito no telefone, impossível continuar a dormir – falei brincando, e levantei o rosto e dei um sorriso leviano, “mesmo que o mundo desabe, sorria” aprendi uma vez – E a minha mãe, tia? Onde ela ta?

_Daqui uma hora ela ta vindo pra casa, ela vai chegar só de madrugada.

_Madrugada... que horas são, hein?

_Não ta vendo o relógio na sua frente não, é? – assim como eu, ela não perde uma chance para brincar.

_To sem óculos, não dá pra ver.

_Ah é, esqueci. Já é oito e meia, suponho que não vai querer dormir mais... Vamos ver TV?

_Não tem opção melhor mesmo, pode ser.

Mesmo não querendo, acabei pegando no sono de novo, a novela não estava assim tão interessante aquele dia. Acho até bom eu ter dormido mais, me deu energia para tudo que viria a seguir.


Um comentário:

Muni disse...

oitava série é phóda i.i qnd fiz, o colégio tb tava super diferente, e, sei lá, parece que só percebi q era o último ano qnd já tava no finzinho... aproveita, q o próximo já é ensino médio xD~
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é interessante (e triste) como a gente reage qnd recebe um baque muito forte... a primeira tentativa é continuar a rotina, ou pelo menos tentar resgatar algumas coisas, como assistir televisão ou conversar amenidades... uma forma de não pensar.
enfim...
continue continuando xD~
bju
teh +
o/*
.moony.