sábado, 24 de janeiro de 2009

E se tudo fosse diferent? - Capítulo 2

Bem que eu queria postar outra coisa, to com vontade de escrever um poema mas nem consegui inspiração. Resolvi postar o 2º capítulo mesmo, já que tem gente que tá curiosa. Obrigada pelos comentários, peço que continuem comentando, me anima a escrever. :]

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Nada de diferente. Até as histórias pareciam as mesmas, comentário sobre as cidades que passávamos, reclamações sobre o estado da estrada, a diferença é que dessa vez eu estava mais desligada para aquilo tudo do que sempre, respondia algumas vezes quando prestava atenção com poucas palavras e em outras vezes fazia perguntas que muitas vezes já sabia ou imaginava resposta. Eu já estava pra lá de acostumada com aquilo tudo.

A quase todo o tempo minha atenção estava virada para o céu e as montanhas. O relevo nas estradas de Minas Gerais é realmente bonito de se admirar. Montanhas e mais montanhas, árvores e matagais altos ainda próximos às BRs, rios e suas pontes muitas vezes quebradas por coitados que talvez ali tenham perdida a vida.

Como sempre eu olhava ao redor imaginando em realizar um antigo sonho meu: viajar para um lugar qualquer e ir parando para fotografar todas as vezes em que o relevo me for atraente para um enquadramento. Com certeza a viagem levaria horas. Meu sonho era viajar com alguém que eu gostasse realmente daquela maneira especial, assim poderia apreciar a paisagem em meios de carinhos e palavras doces.

Suspirava ao imaginar que certos quadros seriam únicos e os perdi. “Novos virão”, pensava para me animar.

O estranho é que nessa viagem eu tinha um pouco mais de medo do que o normal, eu imaginava coisas que já deviam ter acontecido naquela estrada. As mortes, os acidentes, as perdas. Daquela vez eu me humanizei e cheguei até a me entristecer ao imaginar as vítimas que a estrada já houvera feito e ainda há de fazer.

“Nada vai acontecer, como nunca acontece, Carol, fica calma”, eu pensava. Por que é melhor se preocupar com acontecimentos depois que eles ocorrem para não ficar sofrendo com a possibilidade de ele acontecer.

Chegando a cidade. “Dessa vez parece ter sido mais rápido”, pensei. Eu estava bastante sonolenta por causa das poucas 2 horas que dormi a noite, me sustentava somente por causa do chiclete de menta que mastigava. “O que seria de mim sem chiclete de ervas?”, já me perguntei várias vezes. Eles que ocupavam minha mente muitas vezes e me deixavam acordada em situações extremamente chatas.

Andamos o dia inteiro. “Olha, até as lojas parecem iguais”, nada parecia ter mudado. As lojas que meu pai costumava ir quando eu ainda era pequena continuavam sendo as mesmas, a correria nas lojas e os empurrões e esbarrões nas ruas os mesmos.

Tudo parecia absurdamente normal, mas talvez eu só tenha pensado nisso depois de uma mudança radical.

3 comentários:

Anônimo disse...

Seus capítulos estão ótimos, mas são pequenos demais.

Anônimo disse...

Estou gostando da história, está um ar de suspense, de mistério, apesar da sensação de perda ser algo nítido em cada parágrafo.

Particularmente eu gostei muito da forma como a personagem se expressa, e da dinamica do texto, quase sem falas. Geralmente os escritores têm muita dificuldade em contar a historia sem o uso continuo de diálogos.

Espero que continue postando a história e, apesar do tempo, tenha certeza que lerei todos.

=** Beijão

;_; e não mate ninguém

Muni disse...

hallo o/*
óia eu aqui de novo xD
já to achando q vc vai matar algm ¬¬
passei esses dias sem vir aqui por causa da maratona de provas, mas agora elas acabaram ^^
indo pro próximo cap...
teh +
o/*
.moony.