domingo, 26 de outubro de 2008

A fraqueza


Sinto a dor, dentro de mim

Continuar já me parece tão difícil

Me sinto cansada de lutar em vão

Me sinto só no meio da multidão.


Essa dor, parece queimar meu coração

Cada batimento um sacrilégio

Me encontro em prantos

Jogada, caída ao chão.


Todos os dias, todas as manhãs

Ao acordar engulo as lágrimas

Engulo o pranto

Por vergonha.


Ao respirar minhas narinas ardem

Parece que respiro fogo, mas não

Não respiro fogo

Respiro a vergonha.


Quase em silêncio

Em murmuros meio mudos

Clamo por alguém

Que me erga dessa escuridão.


Eu sei, eu sei que devo continuar

Mas não sei como

Minha verdade foi jogada ao vento

Já não tenho mais chão.


Estou trancada em meu camarim

Sei que há uma vida lá fora

Tem uma platéia me esperando

Eles querem que eu seja forte e continue.


Mas não consigo

Não faço idéia de como

Preciso de ajuda

Pode me ajudar?


50º post do blog, nada de especial, minha fraqueza não me permite pensar em muito, já estou meio atarefada em me fingir normal para uma feira literária complicada que terei essa sexta-feira.

Um comentário:

Thays Lima disse...

hoje eu faço das suas palavras as minhas!
É realmente mais dolorido perder um amigo do que um amor!
bjão te cuida!