domingo, 24 de agosto de 2008

Como eu queria, como eu quero

Tenho quase certeza de que há algo errado comigo, quando pequena amava fazer poemas, mas depois dos 11 anos passei a odiar escrevê-los (porque sempre gostei de lê-los). Sempre achei as rimas cansativas de se fazerem, e sempre que faço um poema procuro não rimar, é muito cansativo, repetitivo, enjoativo. Muitas vezes, quando escrevo em prosa, acabo rimando inconscientemente. Logo, escrever poemas, para mim, é algo raro e extraordinário e só o faço quando devo, por exemplo, para algum trabalho escolar. Estou surpresa comigo mesma por fazer poemas por vontade própria Será uma nova mudança? Ah, eu sou viajada e... "Amo muito tudo isso".

Como eu queria, como eu quero

Ah, como eu queria me integrar.
Como eu queria me aproximar,
E, ao mesmo tempo, me afastar.
Como eu queria... como eu não podia.

Como eu queria ter coragem,
Como eu queria ter mais medo.
Como eu queria me rebelar mais,
E, às vezes, me calar mais.

Como eu queria ter cantado mais,
Criado mais.
Estudado mais,
Estudado menos,

Como eu queria saber mais,
E também, saber menos.
Queria ser melhor,
Mas ainda ser a pior.

Como gostaria que existisse o perfeito,
Que, ainda sim, fosse imperfeito.
Como eu queria amar,
Como gostaria de ser amada também.

Vontade de ver o sol de pôr,
Mas já é noite, uma eterna noite.
Ou será que o sol vem amanhã?
Tomara que sim, espero ansiosa por ele.

E continua aqui, à esperar e à querer.

3 comentários:

Hyoukami disse...

Continuando sua criatividade, vivenciando tua intensidade, criando dentro de sua realidade, pensando sem crueldade, dizendo do coração a verdade, chegara certamente a veracidade, fatos sem qualquer sinceridade, estes não concretizam maturidade, por isso, a parabenizo, perfeito, por inteiro, ordem, em conforme...
Continue assim, "viajada"..
Fique bem.

Thays Lima disse...

Lindo poema, você é boa com as palavras!
obrigada pela visitinha e volte sempre viu!
bjão e bom restinho de domingo!

' Rôh disse...

Bom, já sei pelo menos que vc tem a característica primeira dos poetas: a contradição.
E enquanto todos nós não temos a certeza de se virá ou não o sol amanhã, eu fico aqui relendo seus versos e bebendo vinho. kkk...